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quinta-feira, 7 de maio de 2015

Impermanência

Por Ju Blasina
"Old door". Kashan, Iran. By Shahram Sharif. 

São de um ego tamanho
os seres humanos
que se julgam maiores
que as forças
da natureza.

Não se admitem
meras unidades vivas
insignificantes em sua maioria
pequenos pontos
na linha do tempo.

Precisam da ilusão
da eternidade
do indivíduo
não se bastam
como parte de um todo.

Talvez por isso causem mais dano
que reparo.
Ao ouvir o bater da porta exclamam:
"não é nada... é só o vento!"

Por ingenuidade
pura ignorância (ou um pouco
de cada um) esquecem-se
que se uma porta ali
permanece
(assim como os seres
que por ela passam)
é porque o vento deixa.

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Ju Blasina




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