Ciuminho básico - o poema sórdido de Ana Elisa Ribeiro




Ciuminho básico


escuta
calado
a proposta rude
deste meu
ciúme:


vou cercar tua boca
com arame farpado


pôr cerca elétrica
ao redor dos braços
na envergadura
pra bloquear o abraço


vou serrar teus sorrisos
deixar apenas os sisos


esculhambar com teus olhos
furá-los com farpas
queimar os cabelos


no pau acendo uma tocha
que se apague apenas
ao sinal da minha xota


finco no cu uma placa
"não há vagas, vagabundas"

na bunda ponho uma cerca
 

proíbo os arrepios
exceto os de medo


e marco no lombo, a brasa,
a impressão única do meu dedo.

Comentários

  1. Deus guarde as crianças do nosso Brasil dessas migalhas. A autora desse poema tem uma mente muito, muito pequena.

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  2. Deus guarde as nossas crianças dessas imundícies,dessas migalhas.
    A autora do poema tem a mente muito pequena, faz pena!

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  3. Deus guarde as crianças do nosso Brasil dessas migalhas. A autora desse poema tem uma mente muito, muito pequena.

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  4. A autora desse lixo nao só tem uma mente nojenta como tbm é uma endomoniada

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  5. Poema interessante para adultos.

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  6. Sim, poema para adultos.
    Para refletir sobre a composição estética... sobre os valores do nosso tempo.... sobre o que se passa na mente de uma pessoa tomada pelo ciúme... A autora é uma profissional muito capaz. Já os leitores...

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  7. 👏👏👏👏 A autora somente fez uma referência dos pensamentos sórdidos de mulheres ciumentas. É uma obra apenas. Poucos estenderão. O erro está em abordar esse conteúdo em faixas etárias vulneráveis e imaturas.🙏😉

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