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quinta-feira, 2 de outubro de 2014

TRA(D)IÇÃO




As musas entoam seu canto arcano
E, tão ardilosas, aedos inspiram.
Em seu voo cego, num baile insano,
Poderes e feitos heroicos transpiram.
 
São como Medeia, cruéis e ferozes,
São como Jasão face ao velocino.
Seu canto-memória traz dores atrozes
E a todos enleva, estranho fascínio.
 
E tecem castigos em teias e tramas
Celebram banquete veneno memória
Buscando o saber das esferas profanas
Que cortam, destecem, mas fazem a História.

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Tatiana Alves
Tatiana Alves é poeta, contista e ensaísta. Participou de diversos concursos literários, tendo obtido vários prêmios. É colaboradora da Revista Samizdat, já tendo escrito para os sites Anjos de Prata, Cronópios, Germina Literatura e Escritoras Suicidas. É filiada à APPERJ, à Academia Cachoeirense de Letras e à AEILIJ. Possui nove livros publicados. É Doutora em Letras e leciona Língua Portuguesa e Literatura no CEFET / RJ.

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