Depois que ela fechou a porta, era quase de manhã. Eu
não quis acender a luz, o tom do céu já não era mais o mesmo, abri a janela
para presenciar o amanhecer. Tudo foi aparecendo, cores voltavam a brilhar e eu
já podia ver os meus pés. Dormir já não era mais possível, Ele estava diante de
mim, com suas promessas de novidade, de que tudo seria novo, como se Cristo
nascesse todo dia. Olhei para o relógio, mais um dia começou em minha vida;
feliz, por renovar os meus sonhos, assim, tão gratuitamente.
Do livro A Cor do Sal (Editora Patuá).
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