Soneto do digno fim

(Por Lohan Lage)

D’ uma tão medíocre história
Outro fim não haveria
Sequer restou nostalgia
No cárcere da memória...

Perambulou pela escória
Como gado à revelia
Aprisionado à teimosia
De tua palavra irrisória.

Ser de puro anonimato
Cujo roteiro existente
Figura em seu óbito: infarto

Dado como um indigente
Foi, do coveiro novato,
Primeiro corpo presente.


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