Cara Senhorita:
Sinceramente, não quis lhe causar nenhum transtorno, Eu nada pretendia, apenas travar uma singela amizade.
Entretanto, confesso, algo senti abalar-se em em meu peito quando o conhecimento mútuo alcançou um nível mais elevado.
Senti que meu coração, até então insensível, esboçou um leve batimento. Tratei de contê-lo, a custo, e voltei ao curso normal da minha vida.
No entanto, ele bateu mais uma vez e, após algum tempo, houveram duas novas pulsações e então perdi quase completamente o controle sobre este órgão tão rebelde, quanto sonhador.
Friso, entrementes, que já o pus no caminho certo: encontra-se novamente entre o fígado e o estômago, o lugar único que lhe aprouve em meu corpo-mundo.
Portanto, nada mais lhe causará sustos.
Com votos de estima e consideração.
B.
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