André Foltran
A festa não tinha
hora para acabar.
Estávamos com tanta sede
que tomamos
direto na veia
a substância da nossa
liberdade.
apaixonados
dançamos o ritmo
da nossa geração
tão distraídos...
E como estivéssemos
embriagados
nos perguntávamos
como estranhos
de uma mesma
festa.
[ 3 ]
Arranhei tuas portas
na tempestade
desesperado
mas você não tinha
nenhum adágio
ensolarado
o bastante.
— A tempestade
tanto acaba esta noite
como acaba
nunca, baby, disse
um penetra na
festa.
lançamos facas
uns nos outros
sem medo algum
de nos cortar...
uns nos outros
sem medo algum
de nos cortar...
[ 2 ]
Mas muito tarde
os cães da noite
anunciaram
a tempestade
e não deu tempo
de retirar
todos os corpos
da varanda.
— Como explicar
os corpos
na varanda?
Mas muito tarde
os cães da noite
anunciaram
a tempestade
e não deu tempo
de retirar
todos os corpos
da varanda.
— Como explicar
os corpos
na varanda?
— E todo aquele
tédio
nos casacos?
nos casacos?
nos perguntávamos
como estranhos
de uma mesma
festa.
[ 3 ]
Arranhei tuas portas
na tempestade
desesperado
mas você não tinha
nenhum adágio
ensolarado
o bastante.
— A tempestade
tanto acaba esta noite
como acaba
nunca, baby, disse
um penetra na
festa.
1 comentários:
Lindo, André!
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