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segunda-feira, 7 de julho de 2014

Nos seios fartos do meu travesseiro

André Foltran


Mais uma vez acordo
no auge dos meus 17 anos.
Ainda estou em casa e os sonhos
ainda são aqueles.

A poesia sexual
dança debaixo
do edredom
 são as mãos febris lutando
no escuro.

Flutuam no ar imagens
de um pornô qualquer
que fogem, feito salamandras,
pra debaixo da cama onde
dormem natimortos.

É meu trabalho decifrar esses códigos
diariamente. Trabalho duro
que me arranca o gozo.

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