André Foltran
no auge dos meus 17 anos.
Ainda estou em casa e os sonhos
ainda são aqueles.
A poesia sexual
dança debaixo
do edredom
— são as mãos febris lutando
no escuro.
Flutuam no ar imagens
de um pornô qualquer
que fogem, feito salamandras,
pra debaixo da cama onde
dormem natimortos.
É meu trabalho decifrar esses códigos
diariamente. Trabalho duro
que me arranca o gozo.
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