Maria de Fátima
Para quieto
com isso, diz ela, e ele naquele prazer de vê-la. Um niquinho de palha, um
bocadito seco de alguma erva. Ele a enfiar a palhinha no decote dela. Ele a
roçagar-lhe os bicos das maminhas, e ela a desviar-lhe a mão.
Um dia, e
depois mais outro, sem mais do que isso: um beijinho de nada, nem língua, nem
um mordisco. Assim, aquela coisa, deslavada. Um beijo, uma festinha na perna
despida de saia. Só na coxa de fora, que nem pensasse ele em subir à virilha.
Para quieto,
dizia ela, e ria-se, desviando-lhe a mão, sacolejando as pernas. E ele
entretinha-se naquela brincadeira de roçar-lhe a palhinha nas maminhas.
Hoje, ela destapou-as, assim, num de repente.
Mas nem toques, disse-lhe. Tira daqui a mão, acrescentou, e riu-se, agarotada. Desejosa, foi o que ele pensou, mas não sabia ainda, quase nada.
Hoje, ela destapou-as, assim, num de repente.
Mas nem toques, disse-lhe. Tira daqui a mão, acrescentou, e riu-se, agarotada. Desejosa, foi o que ele pensou, mas não sabia ainda, quase nada.
Desvia essa
boca, é o que diz ela, e ele nem tinha sequer pensado o gesto.
A palhinha, dançarica-a, ele, num daqueles piquinhos castanhos, muito
escuros. Contorna-lhe o doirado da auréola. Que enorme que é o bico, pensa ele, e cisma. Lamber.
Tocar só com a ponta de um dedo. Apertar o biquinho daquele seio que deve ser
tão macio.
Para, grita
ela, e ele dançaricando a palhinha, e cogitando. Apenas cogitando e nem um
gesto mais do que a palhinha saçaricando.
E ela a
voltar-se de lado, o rabo a sair-lhe do calção curtinho que alarga mais na
perna esquerda. Devia ter o elástico lasso, ou descosera-se e ela nem notara. Fica uma nalga
mais gorda do que a outra, e ele jogando a mão, e ela a encolher-se, e grita: podes
ficar quieto, e ele nem percebe se o que ela diz é convite, se pedido, se
ordem, e fica-lhe no ar o suposto gesto.
Deitados na
manta de quadrados, debaixo da nogueira, o ribeiro correndo, manso.
Já tomaram
banho, já nadaram, já comeram salada e melancia, o suco a escorrer e ela a
deixar que corresse vermelho para dentro do decote, que lhe molhasse, fresco,
as duas maminhas, ainda ela as não soltara do fato de florinhas.
Ela a
oferecer-lhe, que ele fosse
lambê-lo, e a negar-se rindo, rindo.
Ela a tirar
as alças, assim num de repente, e ele a querer tocar-lhas, e ela rindo, rindo,
retorcendo o corpo que lhe parece, a ele, mais gozo que brincando.
Ela deitada
de lado, fingindo-lhe desprezo.
Ela respirando,
muito devagarinho, o rabo com uma bochecha mais gorda do que outra saindo do
calção, e as maminhas soltas apetecendo.
Ele a
beijar-lhe um ombro, a lambê-lo, a afagar-lhe o braço. Ele a roçar-lhe apenas a
borda do seio, a afagar-lhe as costas com os lábios, a deslizar uma mão no
cabelo molhado. Ele a morder-lhe a orla rosada da orelha.
E ela muito
quieta, respirando, e ele a segurar-lhe, devagar, a medo, a nudez rechonchuda
da maminha esquerda.
Ele a
encostar-se, e ela que se roda inteira.
Ela quase nua, e o céu a dar-se em chuva, bagos grossos, e eles revolteando, nem sabe ele se de maminhas, se de rabo, se de ombro, se de que parte do corpo. Repuxa-lhe, ela, o calção de banho. Segura-lhe entre as mãos o sexo. Num repente, afaga-o como se fora beijo.
Para com isso, está quieta, diz ele, e sabe que mente. Ele espantado dela que ainda sabe tanto ao sabor da melancia, e ela rindo.
Ela quase nua, e o céu a dar-se em chuva, bagos grossos, e eles revolteando, nem sabe ele se de maminhas, se de rabo, se de ombro, se de que parte do corpo. Repuxa-lhe, ela, o calção de banho. Segura-lhe entre as mãos o sexo. Num repente, afaga-o como se fora beijo.
Para com isso, está quieta, diz ele, e sabe que mente. Ele espantado dela que ainda sabe tanto ao sabor da melancia, e ela rindo.
Ri-se muito.
Dobra o riso, quase em gargalhada. Diverte-se.
Vermelha a
boca dela, como se fora fruto a ficar maduro.
As
maminhas, soltas, bailam-se, muito virgens, e ele agarra-as, vagaroso, beija-as, suga cada um
dos bicos.
Ele e ela
inventando gestos no corpo um do outro, em cima
da manta de quadrados, junto ao rio.
Ri-se ela,
e ri-se também ele. Riem-se, muito, os dois.
E a chuva a
cair. A chuva, muito fresca, a misturar-se aos líquidos dos seus corpos.
(sobre a manta,
uma palhinha olha-os)
7 comentários:
Uôu! Não se dá a ler um texto destes a um convalescente; é sadismo. Ainda se lhe rebenta alguma coisa que lhe faça falta. ;)
Erotismo puro. Muito bom!
obrigada, vindo de ti é um elogio dobrado
Um conto erótico sob medida. Dos que provocam calores e a imaginação. A amiga anda com a sensualidade à tona. Muito bom!
não Cinthia, não minha querida! são calores antigos :) é texto escrito há um bom par de anos
tá até dito por um brasileiro no meu blog
E eu aqui de boca aberta. Maria de Fátima você reascendeu em mim calores que pensava mortos para sempre. Muito, muito bom. Erotismo puro
Maria de Fátima, como diria você: " DANADINHA". Texto danado de bom. Que continue a chuva, os textos e os desenhos. Bjs
obrigada por vir ler e por ter gostado e pelo comentário :) abraços
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