Enquanto mudam tanto
os dígitos do relógio
virtual
continuo eu a ser
a mesma
das horas
de antes
porém agora
com menos tempo
para
o que quer que venha
depois.
e o que vem depois?
mais minutos
e segundos que correm
apressados em grupos
de 60 em 60: números
e números e números... e
se a mim ainda restasse
o mesmo deles
em anos
eu estaria
feliz
a longo prazo. não agora.
não há tempo
para a felicidade
mal há tempo
para contar
sobre si mesmo
às horas.
terça-feira, 7 de janeiro de 2014
Para contar as horas
por Ju Blasina
1 comentário
1 comentários:
Senti a suavidade intransigente e inescrupulosa dos ponteiros do relógio.
Muito bonito este poema, Ju.
Bjs.
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