a
paixão
é
um maremoto compulsivo
desatando
os sentidos
movimentação
esquizofrênica
da
taquicardia
debulhando-se nas trepadas
revolta-se
em faíscas
nos
vaivéns
das
desordens canibalescas
excessivos
trombos
sendo
vomitados
pelos
sufocamentos
curabilidade
de ruminar
buscando
o suprassumo
da
complementação
por
abrir-se
rechaço
da mudez
na
solitude relvada
dormência
das têmporas
no
cânion que estoura
semeando
lambidas
corrompe
os segredos
nas
tremulações sanguíneas
nutrindo
colapsos
sobrepõe
os lábios
enquanto
encobre
o
domínio arranhado
conduz
ao cerne
da
conduta
onde
os paradigmas
sofrem
a
concussão permanente
das
cismas pronunciadas
em
leal afinidade prolixa
crava
na respiração
o
êxtase
de
jorrar repousos
cadenciados
sabor
que escorre
orquestrando
braços
e rangidos
atraca
de vez
à
sustentação
que
se ergue
no
visceral arrebate
das
paisagens megafônicas
desacanha
o franzino despertar
amalgamando
os
estalos inefáveis
surge
como Deméter
colhendo
dos poros
a
lira deflorada
pelos
dedos de Safo
então
lateja
a
sobrecarga cardíaca
incitando
ao
desgarre
do
libertar anacrônico
chupar
o sexo
com
a incontrolável sede
de
engolir um deus.
[Alvaro Tapia Hidalgo] |
0 comentários:
Postar um comentário