Quando um dia eu dançar,
nesse dia ficarei livre.
Nesse dia, abandonarei
a menina de saia abaixo do joelho.
Terça-feira e eu dançando.
Uma polca
Um tango
Uma valsa
Um fox trote
Twiste que seja ou mesmo rock.
Um dois três, um dois, três
Ritmos lentos ou ritmos infernais.
Um dia, antes que morra,
antes que fique manietada de velhice,
dançarei.
A bailar descalça
rodopia
tal e qual andorinhas cirandando loucas
um carrocel de rampa
uma coisa doida.
Ou ela nem baila
ela apenas anda naquele chão de cacos.
Ela descalça pelo chão de vidros
cacos muito antigos.
(garrafas bojudas ou das outras
ar apenas
e em cada uma um papelinho
nada mais que uma palavra que estivesse escrita)
Os pés desnudos e ela dançando.
Ou ela tão só anda:
um dedo aqui outro mais adiante
a fugir dos cacos
a fugir dos sonhos.
a fugir dos sonhos.
3 comentários:
Quanto ritmo, expressividade e emoção na tua poesia!
Você escrevendo poemas. Quem diria! Um mimo.
Amei, mas eu não quero fugir dos sonhos, não! Quero dançar para sonhar. Leve, leve. Seu poema me emocionou amiga. Com toda a beleza e melancolia. Vamos dançar!
mas eu escrevo poemas Cinthia...quando calha, ora espreite aqui:http://tristeabsurda.blogspot.com
esses dois eu trouxe de lá :)
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