Essa história
de Príncipe Encantado vem me cansando ultimamente. Não
que eu
não goste de ser
viril , corajoso ,
íntegro e belo .
Nada disso. Mas
já perdi as contas
das princesas igualmente encantadas que conheci, e que
me decepcionaram logo
após a promessa do viveram felizes
para sempre .
A separação , nem
sempre amigável ,
ocorria após um
brevíssimo período de convivência .
Antes que
me chamem de exigente ,
vamos aos fatos .
A primeira que me encantou
foi Aurora, a chamada Bela Adormecida. Achei magnífica
a ideia de ela adormecer ,
na flor da juventude ,
e me aguardar
até o momento
em que
eu decidisse me
aventurar à sua
procura . Nunca
imaginei, entretanto , que ela
quisesse continuar a dormir .
Quando eu
a tentava despertar para
celebrar nosso
casamento de conto
de fadas , o seu
mau humor
era insuportável !
E o mau-hálito, então ? Acordava toda amassada, estava sempre
morrendo de sono e tinha
sempre uma desculpa
para não ir aos bailes do reino comigo .
Desisti.
Tomei uma decisão :
só me
casaria novamente
se encontrasse uma princesa bela ,
prendada e... Sem amigos ou família . Foi
assim que
Rapunzel entrou na minha vida . Morava sozinha
numa torre . Casa própria. Independente. Perfeita . O único
senão era
ter de subir por aqueles cabelos . Em outros momentos ,
porém , eles
eram extremamente convenientes .
Em nossas tórridas noites
de amor , fizemos verdadeiros malabarismos com
aquela cabeleira . Quando
a trouxe para o castelo , tudo mudou. Uma vez ,
reclamei do tempo que
ela perdia lavando, secando e trançando
aquelas madeixas . Sabem o que ela fez?
Cortou tudo . Quase
não a reconheci, ao voltar
de uma caçada. Descobri que amava os cabelos , não ela .
2 comentários:
Que gracinha! Delícia de texto esse. Imaginei as Cenas. Rindo mutio aqui. Quem sabe Xena, a Princesa Guerreira? rsrs
Você é um doce, Cinthia...rsrs. Muito obrigada!
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