Perguntei
ao menino com uma mala, ali sentado na estação, se o trem para a
capital demorava. Não, ele disse, daqui a pouco. Levantou-se e foi
para a beira da plataforma. Logo o apito soou e o trem, com um
estardalhaço, chegou, parou e abriu as portas. Eu queria ser ele.
Para tomar o trem.
***
Não vim
para pegar o trem, tomarei outro caminho. Sairei pela estrada, com o
meu carro. Agora, na beira da plataforma, vejo o trem para a capital
se afastar, com um menino. Sequer nasci nessa cidade, eu sou da
capital. Estou só de passagem. Quero ao menos presenciar, aquilo que
consigo só imaginar.
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