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domingo, 27 de janeiro de 2013

O grande domador


O dono do circo, ao perceber que os animais andavam meio desanimados, por terem sido da floresta retirados – e porque agora não conseguiam mais perceber e coletar os frutos de seus esforços, sabiamente repetia, de jaula em jaula, noite e dia, o lema que assim dizia:

– O trabalho dignifica o urso!

– O trabalho dignifica o leão!

– O trabalho dignifica o primata!

Em pouco tempo, os animais já haviam assimilado o ditado e, na porta do circo, os candidatos formavam fila: queriam trocar a insegurança da selva por um emprego fixo, uma jaula de janelas gradeadas e, vez ou outra, um bom prato de comida.




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Rodrigo Domit
Nascido no Paraná e atualmente morando no Rio de Janeiro, Rodrigo Domit é graduado em Comunicação Social e escreve contos e poesias desde 2003. É coautor do livro Vem cá que eu te conto (2010) e autor do livro Colcha de Retalhos (2011). Entre outros certames literários, já foi selecionado nos concursos Luiz Vilela (Contos - 2007), Helena Kolody (Poesias - 2008 e 2009), Prêmio Nacional SESC (Livro de Contos - 2008) e Prêmio ler&Cia - Livrarias Curitiba (Contos - 2011); Além destas classificações, foi 1º colocado nos concursos: Machado de Assis - SESC-DF (Contos - 2011), Prêmio Cidadão (Poesia - 2011), Concurso Literário de Suzano (Poesia - 2012) e Prêmio Utopia (Livro de Contos - 2010). Colabora na produção e seleção de conteúdo para o jornal Algo a Dizer e mantém publicações mensais no jornal Sobrecapa Literal e neste espaço da revista Samizdat. Além disso, administra o blog Concursos Literários, onde são divulgados certames literários de todo o Brasil, de Portugal e de outros países lusófonos.
todo dia 27


2 comentários:

Forte, hein? As trocas ilusórias.Pior é quando a gente as faz conscientemente (ou crê), sem ser por manipulação (ou seria por automanipulação?). Gostei demais, Rodrigo!

Gostei muito, Rodrigo. Falar sobre segurança não é nada fácil. Em poucas linhas, dissestes muito.
Por vezes tento ser rápido. Vou continuar tentando, aprendendo, lendo...
Abraços, Otávio.

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