Há uma ilha e vários botes que salvaram suas vidas
mas o homem os julga inúteis
como toda esperança
- uma vez no mar
são ilhas menores e estéreis.
Os botes são para os homens normais
à deriva entre cargos, tragos e fardos
O homem vaga na ilha
inóspito
à procura de uma mulher
que esteja em sua ilha
inóspita
não para se dividir em dois
e abrir espaço para alguém
que se dividiu em dois
e ambos não serem mais quem são
- mas para dormir no conforto de saber que existe outro alguém
pulsando entre ilhas e rasgando botes
como ele.
Crédito da imagem: Wellington Souza |
2 comentários:
Um poema sensível e inteligente, que provoca reflexão. Gostei mto. Parabéns, Wellington!
Obrigado pelo comentário atencioso, Edelson! Grande abraço!
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