Sujo, pervertido grotesco e bonachão, Lameque foi o pior poeta que eu já tive o desprazer em ler. Uma cópia mal ajambrada de Gregório de Matos. Contudo, diziam que seus contos eram bonzinhos, um Bukowiski mezzo-tupiniquim, mezzo-carioca com uma lábia forjada nos botequins fétidos de Copacabana. As personagens eram quase sempre oriundas do underground: bandidos, prostitutas, cafetões, desempregados, etc. Eu detestava seu estilo mas, como há gosto para tudo...
Lameque se foi. Dizem uns que morreu após devorar uma panqueca da carne (sua iguaria predileta) supostamente envenenada por um marido traído. Outros afirmam ter ele sofrido um ataque cardíaco em pleno ato dentro de um bordel copacabaniano. Nunca saberemos mas, ele deixou um legado, um pequeno e nada singelo livro de contos que, sabe-se lá porque, eu posto o link abaixo.
1 comentários:
Esse Lameque deve ser mesmo um canalha! Mas, desculpe-me, Zulmar... Deu uma vontade louca de conhecê-lo, ainda que postumamente. Quem sabe numa sessão espírita... Melhor: no livro mesmo.
Grande abraço e obrigado por resgatar esse grande contista (a crítica literária discorda desse seu ponto de vista sobre o dito cujo).
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