o que me torna uma praga urbana infecta e em conflito permanente com o que minhas intenções aparentam
é que me assalta com violência a vontade de estar à vontade para dizer de um jeito compreensível
um simples olá sinto muito a sua falta adoraria poder estar aí agora obrigado por tudo não se preocupe muito durma bem meu bem seu V
mas é tão difícil
a minha garganta expulsa asas nojentas batendo de dentro para fora a coisa mais estúpida para se dizer
e não me esforço quando as pulgas saltam quando as asas batem
minha autocomimimimiserável índole
entra no cíclico e fatal processo de autoflagelação autoculposa
um draaaaaaaaaaama sem tamanho e pouco convincente de ser o último a receber uma boa dose de
vem cá tchê já chega
eu até posso pedir desculpas e dizer que não era nada disso
não era
mas aí a merda já estava feita
e poucas criaturas da natureza entendem melhor de merda que as imprestáveis pragas urbanas
mas eu peço
se ainda posso e se ainda há tempo de dizer
digo
olá
sinto muito a sua falta
adoraria poder estar aí agora
obrigado por tudo
não se preocupe muito
durma bem
meu bem
seu
V
sábado, 8 de dezembro de 2012
a auto comimimiseração das pragas urbanas
por Anônimo
Seja o primeiro
0 comentários:
Postar um comentário