Que nem um animal que
quisesse dono
quisesse companhia,
quisesse mais do que
lamber o próprio pêlo.
Gaivota caida do seu
ninho,
bicho sem jeito a
debicar o pó da estrada.
Asfalto quente e os
carros atrasados.
O vai e vem dos carros,
e o animal ali desprotegido.
Um eu perdido.
Um eu desesperado,
sem chão que pise e nem
telhado.
Um eu magoado a
querer aconhego.
Dois dedos de
conversa.
Um dito que lhe seja
dirigido
– olá, bom dia! – e
seguem sem ouvi-lo.
O céu a desabar,
o mar em tempestade,
e o sol escaldando
infernos.
Um imenso frio que
nem desaba em neve
e nem o chão se faz
em gelo.
Simplesmente, arrefece,
que nem um cão vadio !
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