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quarta-feira, 11 de julho de 2012

Luzes apagadas






Vejo fileiras de cadeiras em cima das  mesas,

um  galo embalsamado...

e vagueio, imersa, em meus sentimentos vazios...

O piscar da noite, com um sutil sorriso da lua,

dão o tom de bocejos da solidão,

da  melodia inacabada...



o dia reclama da noite

hei, voce aí, quero o meu avesso!

e a noite desce... implacável!

deitando sem rubores,  em cima do dia,

cavalgando, como velhos amantes,

E aí... geram o amanhecer




Meninas da noite se despem de resíduos mornos de noites impuras,

corpos trêmulos trepidam em ruas embargadas

a garoa fina escoa , derretendo seus cabelos em purpurinas




O sol vinga o massacre da noite

o dia  descoberto acontece em sua realeza

e os amantes amam, amam, amam...

The end

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Luiza Silva Oliveira
Advogada, atriz e socióloga, Luiza Silva Oliveira inicia um novo caminho: o da escrita. Seu livro "Afetos transgressores", lançado em novembro deste ano, foi escrito após a perda de seu irmão Arnaldo Silva Oliveira, a quem é o livro é dedicado, in memorian. Dois poemas desse livro já se tornaram música, e outros estão em processo. Além disso, já fazem parte de importantes saraus paulistanos, entre eles, o Sarau dos Inquietos. Três de seus contos foram selecionados entre mais de mil e quinhentos, e por isso, fará parte da coletânea organizada pela Editora Guemanisse, com publicação prevista para janeiro de 2012.
todo dia 11


2 comentários:

Tocou-me, não somente pela solidão que devassa, mas por um algo a mais que não consegui identificar. Talvez seja o tom avesso que não pode ser apagado...
Belo texto, parabéns.
Adriane Bueno

Olá Adriane, obrigada pelo comentário...sim querida, a solidão é devassadora e assola em assombrações...um beijo e obrigada, gostei muito do que escreveu, você, realmente foi na essência do meu escrito.
Um abraçoo.

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