Cupidon et Psiché, de Jacques-Louis David.
Meu canto de amor é como um gemido do blues:
rasgado, sofrido, melodioso, perdido...
como os apelos desencantados da vida.
Uma sensação... um ombro descoberto,
um olhar.
Um coração em pulsação, um fio de esperança.
Um coração em pulsação, um fio de esperança.
Uma fagulha de desejo
e o desaguar do coração.
e o desaguar do coração.
O resto são choramingos da razão,
das dores descobertas,
da exposição crua
da infelicidade de ser.
De afetos contaminados
de seres perecíveis.
Amor é dor,
dos afetos rotos
da morte prematura,
é abstinência da razão
clamores incinerados
perda de si mesmo,
é o jardim dos esquecidos,
é a vitória desprogramada,
amor é odor,
incolor, inodor, tira dor
clamor silenciado
dos sentenciados...
dos injustiçados...
dos injuriados
dos anestesiados
dos enfezados.
Os sintomas do amor
são atemporais, universais...
O amor é a sentença da razão.
Você está preso!
The end
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