Receba Samizdat em seu e-mail

Delivered by FeedBurner

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Borboletas na barriga

Mariana Valle

Eu gosto dele. Tá bom, eu gosto bastante dele. Mas o que eu mais gosto nele é a leveza de não saber o dia de amanhã.

É um ter vontade de ficar mais e ao mesmo tempo não ter a mínima ideia de quando isso vai acontecer. E curtir. Curtir esta incerteza. Aproveitar apenas o hoje. É tão bom viver a vida sem roteiro...

Cansei da segurança. Da hora marcada, do papo burocrático à noite pelo telefone. “O que você fez hoje? Tá com saudade?”

Tenho saudade é daquele aperto no peito que dava ao ver o objeto de desejo passar. Das borboletas na barriga quando eu sentia a aproximação do fulano. Dos incansáveis minutos relembrando todas as palavras e entonações do pequeno diálogo travado entre nós dois. Das milhares de conversas imaginárias que eu tinha com ele em frente ao espelho do meu quarto na casa da minha mãe. Nada como ser adolescente de novo!

Amar é... Lembra daquele desenho do casal fofinho que completava essa sentença das mais diferentes maneiras? O negócio é o seguinte: amar é foda, mas no momento eu quero paixão.

Share




1 comentários:

Amar é foda. kkk adorei.

Me identifiquei com esse texto de tal forma que eu até sorria ao ler... Quem não gosta dessa sensação de "borboletas na barriga"?...

Postar um comentário