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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Escuro

O bom de se apagar a luz
permanecer em total escuridão
-e nada se ver-
é que acende a luz da cabeça
brilham os olhos, como faróis,
aí posso voar para qualquer estrela
pois além da minha cabeça
só elas estão acesas, e o meu coração,
e voo cada vez mais alto
sou tragado pela leveza e calmaria do vento e oceano
e quando a luz torna a acender
apaga-se a luz da cabeça
e tudo volta ao normal
Assim, sem nada para ver.

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7 comentários:

Eu, que acho a maioria das poesias tentativas crípticas de transmissão de sentimentos pessoais difíceis de comunicar, e que, por isso, se transformam em objectos alienígenas, quando não menos que isso - enfileiramento de palavras bizarras, com pouca rima e menos nexo - gostei desta.
Alvíssaras.

Também gostei da poesia do Guilherme.
Em relação ao comentário do colega Joaquim: penso que buscar sentido em poesias não é algo recomendável, haja vista que o esquema poético é elaborado para ser sentido e não para ser entendido (nexo é artifício da prosa, não da poesia).

Também gostei muito. Como poeta desde os 12 aninhos, às vezes me angustio porque a rima me persegue e eu tento dispensá-la. Consigo de vez em quando.

Ahhh. E adorei o conteúdo. Como botei no meu facebook: Não precisa tanto barulho por nada. Quem é cego não vive com a luz apagada?

Comecei a divulgar seu poema no twitter da Samizdat hoje.

ahhh. divulguei no meu facebook pessoal tbm, porque adorei.

O Joaquim falou antes o que eu queria falar, Guilherme. Está encontrando sua veia, Gui.

Por hora, continuo com meus objetos alienígenas.

Parabéns.

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