Pleno Sereno
Saio em Pleno Sereno,
Não disfarço
Enquanto portas se fecham
Portas de vidro, grades de aço.
Vejo pingos sob a chuva
Sou solo de minha geada,
Terra molhada, adubada.
Oh chuva: banha-me plena,
Lava-me, leva-me tarde,
Sou breve, sou parte
Sou do elenco
Magnífica ‘tempestade’
Grito como raios
Vivo como raros
Sou louca?
Tão rouca, de fato!
Oh lágrimas dos céus: Lavai a angústia
Desses mansos que se escondem
Dos que têm medo de si, do bicho, do homem
Que em casa encarcerados...
Vivem a tempestade de tudo que os consomem.
Amor e Paz
Amor recíproco e imponderável,
Ovacionado pelas impossibilidades
E encarcerado no recanto mais puro das angústias.
Amar-te é negar-me à felicidade para dar-te paz.
Fundamental é fazer-te possuir tudo que se faz ausente em mim.
Amamos-nos no desejo do beijo nunca apreciado,
Na troca de olhares nem sequer disfarçados,
Na angústia, no medo de soltar o que parece controlável.
Amar-te-ei ainda que desnecessário.
Tatyanny Nascimento, poetisa potiguar de 19 anos, mora em Nova Parnamirim, região metropolitana da Natal-RN. Publica regularmente no blog Minuciosa Formiga (http://assimdeveraeuser.blogspot.com), e no site Espaço de Escrita (http://www.espacodeescrita.web2logy.com/index.php?option=com_comprofiler&task=userProfile&user=84&Itemid=51).
Lindíssimo o Pleno Sereno. Parabéns!
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