Receba Samizdat em seu e-mail

Delivered by FeedBurner

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Noé em sua arca

Wellington Souza

O leve efeito etílico
começa a deixá-lo mais apaixonado
mesmo sem ter a personificação
para o seu amor.
O gole lhe refresca a garganta
O gole a trinta e oito graus celsius...

Vive novamente momentos
como que escrevendo um conto:
Traça um desfecho
apaga
enche o copo novamente
enquanto imagina outro.
Brinca de Deus
montando seu próprio palco
com personagens que só existem em retratos.

Ao final, deseja
outras ações em dias perdidos,
porque o realizado
agora
lhe parece o mais triste dos finais...

Sempre soube estar designado a isso,
queria, somente, ter vivido mais...
algo mais.

Share




1 comentários:

Belo poema, bem organizado. Algumas expressões me incomodaram. Mas que seria da poesia sem o incômodo?

Postar um comentário