Enrique Gutiérrez Miranda, poeta aficcionado e tradutor compulsivo.
Tradução: Volmar Camargo Junior
Nasci em Bueu, Ria de Pontevedra, Galicia, às 23:45 de 15 de julio de 1957, dia de São Enrique. Cresci
Minha família mudou-se para Madrid em setembro de 1975, um par de meses antes da morte do general Franco.
Em janeiro de 1976, deslumbrado pelas luzes da cidade – e com o correspondente desgosto de meus pais – abandonei os estudos, ou eles me abandonaram, e dediquei-me a desenhar e escrever num fanzine underground. A cidade fervia e chegou a famosa “Movida madrileña¹”. O underground entrou para a história. Para mim chegou a idade de cumprir com os deveres pátrios e fui dar tiros nas pedras e apagar incêndios florestais em Valencia, na serra de Maestrazgo.
Quando retornei a Madrid algo havia mudado na cidade e também
Trabalhei algum tempo como desenhista no estúdio de uns amigos arquitetos. Comecei a desenhar e a escrever em uns caderninhos quadriculados de espiral, apenas para mim.
Os amigos dispersaram e fui viver na Serra Norte de Madrid durante cinco anos, na proporção de uma vila e uma casa diferente por ano. Tive um bar e um restaurante, no qual eu mesmo era o cozinheiro. Na época, desenhei, escrevi e li pouco.
Voltei para A Pobra do Caramiñal, onde vivi em uma aldeia de seis casas, Gonderande, rodeada de horta e milharais durante um ano e três meses. Vendi balas e guloseimas pelos povoados da região em uma van acompanhado de um amigo.
Em janeiro de 1995 cheguei a Barcelona. Trabalhei dois meses na cozinha de um hospital e depois num restaurante, mas uma tarde joguei o avental no chão e fui embora sem exigir meu pagamento. Encontrei emprego em uma tenda de jogos e apostas federal, onde ainda trabalho.
Certo dia comprei um PDA, para organizar meus livros e minha coleção de postais eróticos. Tive a idéia de ir transferindo para o PDA os poemas dos caderninhos quadriculados. Porém esse trabalho se converteu em um processo de reelaboração e recriação de tudo o que havia sido escrito entre 1987 e 2005.
Organizei tudo e reuni em um livro ao qual chamei Fragmentos de un fractal. Metros e rimas clássicas ou quase, incluindo algum soneto, temas variados, em espanhol além de algum poema em galego acompanhado de minha própria tradução. Não o enviei a nenhuma editora. Não publicado. Imprimi duas ou três cópias para alguns amigos.
Encontrava-me sem saber como continar escrevendo. Escrevi alguns poemas soltos. Ocorreu-me de voltar aos caderninhos quadriculados. A partir do primeiro caderno escrevi Árboles aves algas. 39 séries de 80-90 versos octossílabos ou tetrassílabos, com e sem rima; cada série correspondente a uma página do caderno. Um pouco surrealista e críptico. Não publicado.
O segundo rendeu-me Hojas de hiedra. 40 séries. Mais elaborado, metros variados, com e sem rima. Com um apêndice de vocabulário (palavras que invento e outras raras) e outro de referências, citações de poemas e canções de pop ou rock, com o original e minha tradução. Não publicado.
Agora estou com o terceiro caderno. Ao conjunto total dos livros-caderno chamo Laberintos y espirales. ]
Tentei fazer uma página na web para publicar minhas coisas, mas era demasiado difícil para mim. Optei pelos blogs. Depois de vários tentativas e blogs eliminados acabei ficando com três: Um para poemas de Fragmentos de un fractal, ilustrado com imagens que baixo da rede. Outro, recém-começado, para Hojas de hiedra, que estou escrevendo agora, e talvez algo de Árboles aves algas, com fotografias minhas de grafittis das ruas de Barcelona. E outro para minhas traduções de galego, português, catalão, inglês, francês e talvez também italiano.
Olhai, crede
hoje em dia
a poesia
está na Rede.
Blogs de Enrique Gutiérrez Miranda
Poemas y fragmentos: http://enriquegutierrezmiranda.blogspot.com/
Laberintos y espirales: http://labesp.blogspot.com/
Perversión Poética: http://pervpoet.blogspot.com/
Referências (links)
¹ Movida Madrilena: http://es.wikipedia.org/wiki/Movida_madrileña
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