por Carlos Alberto Barros
Se é real, pouco importa. A mente de uma mulher como eu – viúva, só, 97 anos – já não se incomoda com distinções entre ilusão e realidade. Só quero ter algo em que apoiar a pouca vida que me resta.
Um ratinho. Tão bonito com suas asinhas negras batendo, assim, velozes. Os olhinhos vermelhos brilham na escuridão do quarto.
- Olá, ratinho bonito. Está com fome?
***
Dias depois, na casa da solitária anciã, são encontrados apenas restos de ossos humanos roídos. A mulher é dada como desaparecida e o caso é arquivado por falta de testemunhas ou evidências.
3 comentários:
minha vez de dizer: creeedo!
Pobre velinha. Você é artista plástico? Eu também quero ser. Tem algum trabalho seu na internét que eu possa ver? Bom final de semana.
Cara, me chamou atenção o fato de sermos homônimos.
Eu sou da Bahia.
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