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quinta-feira, 4 de setembro de 2008

"O Chamado" de Kôji Suzuki

Os filmes e as séries inspiradas no livro "O Chamado", do autor japonês Kôji Suzuki, se tornaram motivo de culto ao redor do globo. As duas versões cinematográficas - "Ringu", o original nipônico, e "O Chamado", remake americano - representam um marco do Terror, tal qual "O Exorcista", "A Volta dos Mortos-Vivos" e "O Iluminado".
O enredo do livro e dos filmes é basicamente o mesmo: um jornalista investiga as misteriosas mortes de adolescentes atribuídas a um vídeo amaldiçoado. No romance de Suzuki, o protagonista é Asakawa, o jornalista que se envereda neste mundo de tradições milenares, de fenômenos paranormais e dum terror psicológico de primeira categoria.
A grande vilã da história é a assustadora jovem paranormal Sadako (Samara nos EUA), tanto vítima quanto algoz.

Estranhamente, o romance de Kôji Suzuki não possui tradução para o português, apesar das vendas astronômicas de mais de 10 milhões de exemplares nos EUA. O estilo de Suzuki é econômico, mas com uma surpreendente precisão. O terror japonês é sutil e inteligente, mas demasiado lógico. A crise de identidade, representada pela dualidade tradição/modernidade, torna-se patente nestas obras, pois o paranormal sempre se manifesta através de algum aparato tecnológico. A modernidade, ao trazer seus benefícios, arrasta atrás de si suas maldições. A Sadako de "O Chamado" é um destes símbolos.

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