Poesia Concreta: Soneto


Muito de tudo


É tarde para decidir sobre essas coisas,
Essas que ficam em nós impregnadas,
As sobras do mundo nas estradas,
A poeira acumulada nos sapatos.

É inútil a incerteza dos destinos —
As coisas estariam explicadas
Haveria menos de nada
E tudo seria limitado.

Há muito de tudo,
Há, às toneladas
E é tão pesado.

Por outro lado,
Nessa vida
O que há

É pó.


Comentários

  1. menino, que legal ver suas postagens por aqui! muito legal esse soneto que vira... pó! gostei mesmo!

    ResponderExcluir

Postar um comentário