Receba Samizdat em seu e-mail

Delivered by FeedBurner

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Melodrama

Guilherme Augusto Rodrigues

Tarde alegre. Linda. Ensolarada. Passarinhos a cantar. Sentados abraçados no banco da praça. Quero dormir aos seus braços. Alguns beijos, uns apertões. Mais beijos. Eu te amo. Também te amo, linda. É para sempre.
...
Acabou!
Fim de tarde triste, melancólico...
A visão se torna embaçada, meus olhos se enchem de água e ela, cada vez mais distante, vai embora.
A lágrima que escorre pelo meu rosto é o grito de dor, o desabafo do aperto que me sufoca. Um soluço, desprendimento da angústia que se encontra em meu peito.
Ela passa do meu lado tão disforme pelo encharque que meus olhos se encontram. Nem a me olhar. Um toque com a ponta dos dedos, eu estremeço e ela se vai, perdida na névoa obscura, desaparece.
Tudo escurece, os pensamentos se esvaíram, vertigem, vozes distantes......
Querido, acorde. Acorde.
Ahn... que... que aconteceu?
Você desmaiou.
Ah... te amo.
Também te amo.
Me abraça.

Share




0 comentários:

Postar um comentário