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terça-feira, 12 de agosto de 2008

A Face

Guilherme Augusto Rodrigues

Teus olhos profundos, negros,
Tua face fatigada
Mostra rugas de tristeza,
Nem sorris pra não florar
Teus dentes apodrecidos,
Teu hálito cadavérico.

Deite-se no teu caixão,
Pois você já está morta.
Darei um buquê de rosas.
Uma vez lacrado o túmulo,
E tua agressividade
Emudecerá pra sempre!

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