por Carlos Alberto Barros
Dirijo um teatro de máscaras.
Nele, sou o ator principal.
Meu palco é o além-eu.
Minha máscara é o plural imperfeito,
O incerto transmutável.
Se desejo-me poeta, sou tristeza.
Se almejo a tristeza, sou negligência.
Se busco a negligência, sou sorriso.
E se quero só um sorriso, eu gargalho!
Oh, máscara da morte,
Que veste a máscara da vida,
Que veste a máscara do simples,
Que veste a do complexo,
Antes que me deixe nua a face
Com tuas incógnitas cores,
Permita-me encenar o grande final
Portando a mais bela,
Aquela que é incondicional e plena,
Absoluta e irreversível:
A máscara do amor.
Aliás,
Será uma máscara?
0 comentários:
Postar um comentário