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segunda-feira, 2 de junho de 2008

Teatro de Máscaras

por Carlos Alberto Barros


Dirijo um teatro de máscaras.
Nele, sou o ator principal.
Meu palco é o além-eu.
Minha máscara é o plural imperfeito,
O incerto transmutável.

Se desejo-me poeta, sou tristeza.
Se almejo a tristeza, sou negligência.
Se busco a negligência, sou sorriso.
E se quero só um sorriso, eu gargalho!

Oh, máscara da morte,
Que veste a máscara da vida,
Que veste a máscara do simples,
Que veste a do complexo,

Antes que me deixe nua a face
Com tuas incógnitas cores,
Permita-me encenar o grande final
Portando a mais bela,
Aquela que é incondicional e plena,
Absoluta e irreversível:
A máscara do amor.
Aliás,
Será uma máscara?

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