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quinta-feira, 9 de abril de 2015


Pequeno excerto de Páscoa

Fernanda Fatureto

Em 5/4: É Páscoa e escrevo. A chuva cai delicadamente sobre as plantas. A cidade cinza começa a acender suas luzes e o vento frio corta a pele. Há muito a Páscoa ressoa como um mito cristão distante que nos obrigada ao confessário para relembrar o quanto somos bons conosco e cruéis com os outros. A páscoa nos impele para o paladar doce – um conforto útil para nossas almas (palavra gasta pelo evangélio): ainda acreditamos que a alma existe?
Ao retomar o trajeto para casa, vejo meninos nos faróis e penso no menino Jesus. Todas as vidas deveriam valer o mesmo. 
A publicidade dos painéis da cidade mostram ovos de chocolate e logo esquecemos de Jesus. Como esqueceremos que todas as vidas devem ter o mesmo valor. Uma páscoa esquecida. 

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