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terça-feira, 12 de junho de 2012

Poemas (Mariana Valle)

Fonte de vida

Preciso de outra fonte de renda.
Preciso que renda a minha fonte de vida.
A minha frente, na minha fronte,
sem renda, só vida
e dívida,
em fonte arial,
nessa página
preenchida.
Poesia dá renda?
Não sei,
mas é transparente.
Você não a sente?
Minha frente colorida?
O verso também convida,
com vida.
Preciso de outra fonte de renda.
Preciso que renda a minha fonte de vida.


Nunca é tarde

Nunca é tarde pra se dedicar a verdadeira vocação.
Nunca é tarde para sair da voz e partir pra ação.
Nunca é tarde para se descobrir.
Nunca é tarde pra redescobrir.
Nunca é tarde para cobrir o corpo de nada,
com o vazio do desapego.
Nunca é tarde pra começar de novo.
Nunca é tarde para um novo chamego.
Repito: nunca é tarde,
meu nego,
nunca é tarde.
Porque se a manhã é cedo
e a noite é longe, a noite arde,
as nossas tardes vivemos hoje, não tem segredo.
Pra bem viver nunca é tarde,
meu nego,
nunca é tarde.

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