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segunda-feira, 18 de maio de 2009

Uma vez idéia, sempre idéia

Caio Rudá de Oliveira

Recentemente, todo bom brasileiro que se preze se achou no direito de dar o seu pitaco sobre o recente acordo ortográfico. Se pela conjuntura ou por real interesse pela coisa, já é outra história.

O fato é que só os blogues devem amontoar uma quantidade de informação desse assunto suficiente para uns dois anos de leituras. Tem gente que é contra ou a favor mas não sabe por quê, tem gente que não sabe o que é mas tem opinião formada e tem gente que sabe mas não tem. Esse último, meu caso. Pelo menos até hoje.

Reformas no idioma, a priori, buscam uma melhora. Prefiria crer que a unificação da língua portuguesa não fosse uma brincadeira de menino e se vários especialistas, de diversos lugares, decidiram por agir de tal maneira é porque há motivos que o justifiquem. Mas agora vejo o despropósito desse acordo. Vão acabar com o acento da palavra idéia. Poxa, afinal é a marca do meu blogue que está em jogo. O agudo para mim é tão parte do vocábulo quanto o i ou d. Sem ele, ficará algo mutilado, como uma árvore sem suas folhas.

Sei que não vou aderir a essa ideia, e vou ficar com minha antiga idéia. Se eu ceder, daqui a pouco vão querer arrancar o acento de "Rudá" também. Então, peço a todos adesão ao Manifesto Anti-castração de Idéia, pois além do agudo, estão levando junto o assento da palavra.

Por último, vai haver punição por não escrever dentro das novas regras ou, no máximo, vou ser o burro que acentuará idéia?

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