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sexta-feira, 20 de março de 2009

O Amor segundo o Ódio

Léo Borges

Acima de tudo, falso. Utiliza-se de ardil para a conquista; sob outro meandro, para o sexo. Não existe em forma pura, sendo que, mesmo o de mãe, dito incondicional, subordina-se ao fator sanguíneo. Conheço sua postura mesquinha, mas o tolero por vivermos em interseção. Quem acredita que o sente, carrega-me na alma. Quem promove a guerra, ama. Esta, sim, a verdadeira demonstração de afeto, de importância ao outro, onde se corrige o diferente, mostrando seu erro e servindo-lhe com a verdade. Certo está que seu antônimo não sou eu; somos da mesma fonte. O contrário do Amor, como ele se recusa a admitir, é a Indiferença.

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