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quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Transæ

Caio Rudá de Oliveira

Passada uma década, ela lá, sentada com o namorado. Seu corpo havia ganhado mais curvas e mais volume; meus olhos, mais volúpia. Seios cabíveis em minhas mãos despudoradas, fina cintura e pernas longas e ousadas vestidas num short de palmo e meio, convite ao sétimo pecado capital.

O namorado, um sujeito não muito bonito. No máximo um peitoral estufando uma ridícula camiseta rosa. Sua vantagem deveria ser o sexo: ou bem dotado ou bom deitado. E eu, com tais dádivas agraciado. Tê-la, apenas uma questão de oportunidade.

Esperei até que ela fosse ao banheiro, unissex como se previamente definido por Asmodeus. Copo no balcão, em delírios lascivos a segui.

Dentro da cabine, sua vasta pélvis encaixada em mim, de surpresa. Sem reação. Gostou. Minhas mãos nas coxas largas. Virou-se e arriscou apalpar-me. Descoberto o volume. Esboços de gozo no sorriso. Calças abaixo, pênis para cima. Mais que macias, mãos mágicas, fazendo crescer, inchar, enrijecer.

Não fosse o som da descarga ao lado, ela não teria sido espantada. Da minha mente.

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