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domingo, 24 de fevereiro de 2008

Três poesias
Duas autoras convidadas

Penetrável
(de Aline Gallina)

Ela soma o ar da janela
Tropeça na mão direita a cada 20 segundos
O dia cinza reflete em seu corpo
sujo
Bolas pretas gigantes que se movem
no rosto -
Precisa escondê-las hoje
- rolam para debaixo da cama
Não guarda mais o segredo das cartas antigas
Eis a caixa da caixa
Onde vive, morta para dormir
No necessário.
A paçoca de papel e capim, sua -
melhor amiga - do peito.
De quantas chamas é feito o dia?
24 goles ásperos e a cortina para
cada lado do ombro.
Perde as pontas dos dedos em cada passado.
Imprime a sombra no rosto, pois
a lua fere quando sorri.

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