estrelas
de muito longe
há muito tempo
luz tardia no espaço lançada
agora umedecida
em reflexo abandonada
na superfície noturna do mar
um resto de brilho apenas
morta a substância
a energia pura reduzida
de matéria totalmente esvaziada
(lindas... vês?
e, vendo-as, sonhas?
- comigo... sonhas?)
sonhos vívidos
nos despertam pelo tato
ultrapassam as imagens,
têm gosto, temperatura, cheiro
no corpo adormecido
um toque, um afago, um beijo
apertam-se os olhos
na ilusão ou inefável ensejo
de segurar dentro o sonho
na vigília transformado em desejo
(assim sou... assim és...
somos luz de estrelas
que em quase instante
num ponto qualquer do infinito
se encontram
se tocam
se fundem
e tornam incandescente o universo)
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
estrelas
por marcia szajnbok
3 Comentários
3 comentários:
márcia, adorei. Você é surpreendente! Como faço para ver as outras poesias?
Bj. Rê.
Vocé é uma caixa de surpresas! Muito lindas suas poesias! Parabéns! Bjos! Ma
lindo marcia! parabens!!
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