Assédio
Olhei. Ele não viu. Mexi o cabelo. Nem notou. Sorri, tossi, deixei cair o celular. Nada. “Oi!” Será que é surdo? Chamei um brigadiano. “Foi esse aí!”. Levaram. Voltei para casa realizada.
Olho-gordo
— Que cachorro lindo, Ju!
— É, né Pa?
— Muito. Só que...
— O quê?
— Nada.
— Fala!
— Bobagem.
— Ó, preciso ir. Se cuida.
— Tchau...
À tarde, Ju foi atropelada. Amigos e parentes comovidos: Pa adotou o cão.
Má Sorte
— Joguei no bicho: galo na cabeça. Gato preto cruzou meu caminho. Chutei. Dono do gato me acertou uma paulada. Deu galo.
— Na cabeça?
— É. Na minha.
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
por Anônimo
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