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domingo, 13 de janeiro de 2008

Retalhos

Retalho pequeno alojado em manta do sono breve,
és pinta de bisca em baralhos de povo - nosso jogo,
tropelia flutuando em louco "pouco a pouco" pensar.

E és roda rodada rodando parte do pesado mover
porque efémero o tempo vento que veio e se vai ser.

És arestas do cubo mudo em faces deste meu fado,
curva nua de rua, nó em fio entre futuro e passado,
ondas da expansão, razão, rasto de mergulho de viver.

És passo largo, estugado(.)em que de()vir me persigo(?)
e sopro de "enche balão" e mão de ascensão contigo.

És grito de (vi)vida que percorre célere a rua sinuosa
És prosa, palavra teimosa. E dita de dito de bem e de mal
És grão de areia cheia em chão de pá no lado de cá do sal.

És cem de sem, meu teu bom bem e até incrível natural
quando hoje não quero tanto mas mais quem... quero normal

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3 comentários:

Eu gosto muito de modo como você utiliza (e se esforça para criar) rimas internas num poema.
No entanto, nesta obra específica, talvez tenha havido um certo exagero na utilização desta técnica, como em "louco "pouco a pouco" e logo em seguida "roda rodada rodando".

Não há pausa para respirar, caso o leitor tente recitar o poema.

Mas é, sem dúvida, um poema muito bonito.

achei muito bom! não gosto de textos óbvios... pra mim, um bom texto é o que me desafia... não podemos deixar os neurônios preguiçosos!

Um texto de palavras complexas que diz tudo que uma pessoa que para para observar a vida como realmente é enxerga, adorei meu amigo!!
Beijos, Mi.

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