(Em homenagem à Violeta Parra)
Eu não quero a perfeição
quero a imperfeição dos grãos de areia esparramados, inundando o mar
quero a terra vermelha, cheia de vermes, enrubescendo o horizonte
como o musgo das pedras que solidifica águas paradas
como o céu escuro, cheio de nuvens, quero o meu avesso...
quero as poeiras férteis das sensações que lubrificam os sentidos
como o olhar enevoado que acelera os sentimentos
como a merda expelida que dá o toque de lavanda do corpo
como as cinzas do carvão que aquecem caminhos
Eu quero me divertir com a minha desgraça
como amores em vão, esquartejados na esquina do pecado
quero o sangue que escorre da alma, alimentando veias sanguinárias
eu quero o ser frágil em suas imperfeições e impermanências
No acovordamento com as minhas decisões,
quero amargar na decepção comigo mesma
o êxito para mim, tem um sentido adverso
Só no abandono consigo sentir a pulsação do existir
como um raio de sol obstruído pela noite que chega
"A minha vida é inteiramente fútil e inteiramente triste".
quero a imperfeição dos grãos de areia esparramados, inundando o mar
quero a terra vermelha, cheia de vermes, enrubescendo o horizonte
como o musgo das pedras que solidifica águas paradas
como o céu escuro, cheio de nuvens, quero o meu avesso...
quero as poeiras férteis das sensações que lubrificam os sentidos
como o olhar enevoado que acelera os sentimentos
como a merda expelida que dá o toque de lavanda do corpo
como as cinzas do carvão que aquecem caminhos
Eu quero me divertir com a minha desgraça
como amores em vão, esquartejados na esquina do pecado
quero o sangue que escorre da alma, alimentando veias sanguinárias
eu quero o ser frágil em suas imperfeições e impermanências
No acovordamento com as minhas decisões,
quero amargar na decepção comigo mesma
o êxito para mim, tem um sentido adverso
Só no abandono consigo sentir a pulsação do existir
como um raio de sol obstruído pela noite que chega
"A minha vida é inteiramente fútil e inteiramente triste".
The end
0 comentários:
Postar um comentário