Le Suicidé, Édouard Manet
A morte tem um sabor doce,
também pudera, dada a amargura da vida.
Quem sabe não me igualo aos grandes poetas?
Maiakovski, meu grande escritor... só assim,
só assim para me equiparar a você, e veja só:
tão aquém de você, que nem efetivo sou no que agora (me) executo.
Deixo ao acaso, afinal todo ele definiu minha vida, sabeis, amigos.
Saberá ele, o acaso, quantas gotas são as necessárias, pois eu...
eu só faço tomá-las.
Chega um tempo na vida do homem em que ele cansa.
Cansa de sobreviver e anseia por viver.
Se não o consegue, ó infelicidade, e ele se resigna:
deixa-se levar pela vida, deixa-se levar pela morte,
pois não planeja um, tampouco o outro.
Assim falou o autor suicida.
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