foto: Daniel Moreira |
O silêncio de novo
Ouço luzes e vultos sangrentos
Os mesmos operários do medo
Que assolam o meu quarto de estar
O infortúnio trouxe o desalento
Paredes vestidas de luto na esquina
Fotografias marcadas e cartas rasgadas
Jogadas no lixo
Pela janela do quarto andar
[ilusão
O fim como começo
O mundo inteiro do avesso
Girando sem parar.
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